No dia 9 de fevereiro, o 9º ano envolveu-se numa dupla atividade: ida ao teatro e visita de estudo a um museu.
Com efeito, às dez e meia, estávamos instalados no grande auditório da Casa das Artes e pudemos desfrutar de um grande espetáculo de teatro numa representação do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, pela companhia “AGON / Momento - Artistas Independentes”. Mais que o texto, que já conhecíamos, prendeu-nos o desempenho dos artistas, a encarnação das personagens, o acompanhamento musical, o papel desempenhado pela luz e a transposição para o palco de estrela da música pop num solo de Brízida Vaz acompanhada ao piano, que nos pôs extasiados às portas do paraíso.
Findo o espetáculo, foi feita a apresentação da equipa (encenador, intérpretes, músicos e técnicos) e seguiu-se um período de perguntas e respostas que fechou com chave de ouro a bela jornada, quando um jovem com sotaque da Terra de Vera Cruz felicitou a equipa pelo “maravilhoso espetáculo”, tendo conseguido(talvez) o maior aplauso de toda a festa.
Depois, houve tempo para o almoço e convívio e, à tarde, fomos visitar o Museu da Guerra Colonial.
Sabiamente guiados pelo professor Dr. José Manuel Lages, ficamos a conhecer melhor esse inferno que é a guerra, que afetou, afeta e vai continuar a afetar a nossa sociedade e que conduziu ao 25 de Abril, porque os militares já não suportavam continuar em África preparados para morrer, que era o que acontecia aos que andavam lá a matar.
Elucidativo: as fotos de um jovem de Viatodos, antes da mobilização militar, e o homem macerado pela guerra.
Sensibilizador: o testemunho do Sr. Silva, veterano de guerra na Guiné-Bissau e Presidente deste Museu, que partilhou connosco a sua experiência e motivou para o amor à Paz.
Discentes e docentes do 9º ano